domingo, 28 de setembro de 2008

Casas Ecológicas

Casas Ecológicas é uma série do Discovery Home and Health que mostra 26 casas, todas construídas de forma ecologicamente correta, seja através da reciclagem de materiais ou soluções para poupar energia. Todas são inovadoras e sofisticadas, além de apresentarem credenciais verdes.

Logo no primeiro episódio somos surpreendidos com a obtenção de energia de uma casa nos EUA, como se não bastasse a energia obtida através de células fotelétricas de grandes painéis solares, a casa apresenta uma turbina éolica da qual obtem energia e cuja instalação demandou a obtenção de uma autorização da prefeitura local. Até mesmo a água da chuva é aproveitada, sendo captada, filtrada e armazenada.

Casa verde americana, produção própria de energia utilizando as potencialidades do local: sol e vento

Mas não só nos Estado Unidos casas verdes e inovadoras são construídas. Em uma pequena cidade tradicional próxima a Londres uma bela casa feita de madeira, de reflorestamento é claro, se mescla a uma bosque que permaneceu na região. Para suportar o inverno inglês, a energia solar captada pelos painéis solares é convertida para aquecer uma considerável porcentagem da água que será utilizada. Para a calefação é utilizada madeira, e não carvão mineral ou vegetal, e um sistema mais eficiente para maior aproveitamento da queima da madeira.

domingo, 10 de agosto de 2008

Cerimônia de abertura das Olimpiadas de Beijing 2008

Os anéis olímpicos se formam no chão após uma "chuva" de fogos de artifício


Os chinêses são muito conhecidos pela forma alegórica com a qual dão às suas tradições culturais. Até mesmo nas lutas de origem chinêsa pode-se observar o cuidado plástico que carregam. E, por isso, já era de se esperar uma grande cerimônia de abertura para as Olimpiadas de Beijing 2008. Foi tudo belíssimo, a China realmente soube mais uma vez utilizar um condicionamento sensível para emocionar seus espectadores. Porém, o ponto mais importante a ser ressaltado foi o uso criativo dado a tecnologia, e não o uso da tecnologia com um fim em si mesma.

Combinou-se a tradição milenar de sua cultura com as tecnologias da China moderna de uma forma natural e criativa, própria da inventividade dos chinêses. Esse é um dos pontos que mais me surpreendeu, essa integração temporal, feita de várias formas, como através do pergaminho que se abriu no centro do estádio e que, na verdade, era uma tela na qual imagens eram passadas, mas de uma forma que pareciam ser pintadas por alguns dos muitos bailarinos que participaram da cerimônia

Uma espécie de representação de fada, que na apresentação, suspensa por cabos, ergueu os anéis olímpicos, esses também suspensos.


Inclusive a pólvora dos fogos de artifício foi utilizada de forma inovadora, ao invés de uma simlpes queima de fogos. A partir das faíscas caídas, "surgem" os anéis olímpicos, que são carregados por fadas até atingirem o alto do estádio, onde pairam sobre o ar, suspensos por cabos. O aproveitamento vertical do estádio foi muito presente durante a festa, percebendo-se o gosto dos chinêses em se explorar um importante elemento arquitetônico: o ar.

O sincronismo dos 2008 tambores reflete a tradicional disciplina chinêsa

A cerimônia de abertura ocorreu no dia 8 de agosto de 2008 em Pequim, mais precisamente no Estádio Olímpico, ou Ninho de Pássaro, que se encheu de cores, sons e luzes. O início se deu com a percursão extremamente sincronizada de 2008 seculares tambores Fu, todos iluminados. Depois começou uma pequena linha do tempo sobre a história do país. Dinastias imperiais, rota da seda, as grandes invenções, a China atual, quase tudo foi representado no espetáculo, com exceção da Revolução de 1949, talvez para evitar críticas ideológicas ou políticas de outros países.

O ápice da cerimônia: a pira olímpica e acesa ao fial do desenrolar de um pergaminho


Aproximadamente 14.000 pessoas participaram do show, para o qual foram preparados 29.000 fogos de artifício, uma das invenções da Cina Imperial. O cineasta Zhang Yimou, foi o responsável por sintetizar 5.000 anos de história chinesa em um espetáculo de poucas horas, um trabalho que merece reconhecimento. O espetáculo foi repleto de apresentações de artes marciais, performances musicais, projeções em vídeo, coreografias, além de efeitos especiais, luzes e elementos de alta tecnologia.

Em destaque, o ex-ginasta que acendeu a pira, suspenso por cabos, um dos truques favoritos de Zhang Yimou

O diretor aproveitou muitos de seus truques para tornar possível toda a beleza das artes utilizadas na cerimônia, como no final grandioso do acendimento da tocha olímpica, em que um atleta caminha flutuando pelas paredes do ginásio à maneira de "Herói", na cena da luta de espadas sobre um lago.
Cena do filme "Herói" do cineasta Zhang Yimou


Zhang Yimou é conhecido como o responsável por vários filmes considerados obras de arte do cinema chinês, nos últimos anos. Entre seus principais filmes estão "O Clã das Adagas Voadoras" (2004), "Herói" (2002), " A Maldição da Flor Dourada" (2006) e "Nenhum a Menos" (1999).

A deslumbrante iluminação atinge todo estádio, a personagem principal do espetáculo
A iluminação também foi destaque no espetáculo, juntamente com o vestuário. No total, durante a cerimônia, foram utilizadas 44 mil lâmpadas somente no solo, com 15.153 diferentes tipos de vestes, utilizados pelos 14 mil artistas. agora, espera-se que a cerimônia de encerramento esteja a altura da festa de abertura.












quinta-feira, 10 de julho de 2008

Prédios giratórios

A torre giratória de Dubai, Dynamic Tower, e suas possibilidades, clara evolução da arquitetura em comparação aos primeiros prédios desse gênero

Depois da construção do primeiro prédio cujos andares giram 360° em torno de seu eixo central, o edifício Suíte Vollard, em Curitiba, foi anunciada a construção de mais um prédio desse tipo em Dubai, o Dynamic Tower, pelo arquiteto italiano David Fisher. Embora a idéia seja a mesma, as proporções são bem diferentes, já que Suíte Vollard tem apenas 11 andares, 50 m de altura e custou aproximadamente 300 000 dólares, e Dynamic Tower terá 80 andares, 420 m de altura e pode custar até 36 milhões de dólares. essa Estima-se que essa obra ficará pronta até 2010.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Gringo Cardia


Imagens do show Cosmotron, da banda Skank: influência das mandálas psicodélicas dos anos 60


Apesar das visitas à exposição Gringo Cardia de Todas as Tribos e ao Museu das Telecomunicações Oi Futuro, de Belo Horizonte, haver acontecido a algum tempo, na época, não tive oportunidade para comentá-las. Porém, como esses são assuntos valiosos, tento resgatá-los nesse artigo, apontando minhas senações sobre essas duas exposições de criação de Gringo Cardia.

A sala amarela com as inspirações de Gringo

Realmente, é inegável que a sua arte tem impacto imediatista sobre seu telespectador, sejam capas de CD, na cenográfia de shows, apresentações de dança e clips musicais, Gringo Cardia sempre surpreende. E é disso que trata a primeira exposição citada, os melhores trabalhos desse artista e também um pouco de suas inspirações, influência multicultural facetada, que passa pela MPB, grandes nomes do cinema como Bergman e George Lucas, artistas plásticos, como Dan Flavin e Jéssica Stockholder, além de muito erotismo.

Sala dos croquis: tetos, paredes e chão são forrados com desenhos esquemáticos do artista para cenários de peças e shows


Dentre os trabalhos mais famosos da exibição estão a parceria duradoura com a Companhia de Dança Deborah Colker, capas de CD/DVD e singles para os grupos como Blitz, Kid Abelha, Titãs, 14 Bis, Paralamas do Sucesso, Marina Lima, Rita Lee, Skank e outros sucessos e as criações videográficas e 50 videoclipes assinados.

Deve-se comentar, que sem a cenográfia realizada no local por Gringo Cardia, a exposição não seria tão surpreendente e chamativa, o artista e cenógrafo utlizou seu talento para destacar suas outras obras. Quanto o trabalho espacial desenvolvido nessa exposição, já na entrada somos atraídos por ela, graças a uma forte luz amarela na primeira sala. O resto da exposição é brlhante, colorida, captando o olhar de quem passa, seja pelos posters, seja pelo globo no centro de uma sala escura, que passava vídeos de seus trabalhos. E é quanto a este ponto que se percebe uma conexão entre a exposição Gringo Cardia de Todas as Tribos e o Museu das Telecomunicações Oi Futuro.

Globo de vídeos, um elemento recorrente nos trabalhos de gringo


Ambos são atrativos por conta do condicionamneto sensível que provocam no seu visitante, a reação é imediata. No caso do Oi Futuro, nada do que nos é apresentado é diferente, meios de telecomunicações cotidianos, mas a forma com a qual o artista trabalhou o local nos faz sentir em meio a uma experiência inovadora, especial, quase surreal. A exemplo, a entrada do local, um cubículo quadrado cercado por espelhos em todas as faces. Quando o visitante entra, todas as portas estão fechadas e uma luz roxa começa a brilhar alucinadamente, confundindo os seus sentidos e dando a impresão que esse é um portal para um mundo novo, para uma experiência incrível. E é aí que se encontra o infalível lance de Gringo: o condicionamento sensível.



Site Barangolés

Dando continuidade à intervenção e ao caderno, foi proposto um site sobre esse tema. Ele deveria ser realizado com o auxílio do progrma Dream Weaver, próprio para se fazer sites. Optou-se por um design de fácil navegação e compreensão, mas ainda sim criativo.

Na sua interface, no index, foi utilizado o recurso da tipografia, da mesma form que no caderno. As palavras em vermelho são os links do site, sendo que quando se clica nelas, todas as outras palavras desparecem, menos o link clicado. Nessa página aparece a informação referida pelo link, basta clicar nele para retornar ao index. O site contém o nome dos integrantes, a história dos Parangolés de Hélio Oiticica, agradecimentos, além de dois vídeos que sintetizam o esquema de funcionamento, montagem, processo criativo e apresentação da intervenção. Para os interessados, o site pode ser acessado através de um portal no site do Lagear da E.A. UFMG: http://www.arquitetura.ufmg.br/lagear/ensino.html .

terça-feira, 8 de julho de 2008

Caderno sobre a Intervenção

Primeira capa do caderno sobre a intervenção Barangolés

Depois da montagem da intervenção, foi sugerida a criação de um caderno contendo o maior número possível de informações técnicas sobre esse trabalho. Para o caderno, o mesmo grupo do trabalho anterior utilizou um pouco de tipografia e photoshop na construção do trabalho. Aqui seguem algumas imagens:

Essa página expressa tipograficamente o processo de brainstorm que o grupo teve até chegar a uma idéia fixa: em vermelho intenso estão as idéias que foram utilizadas
Explicação de toda a idéia final

Especificações da construção, incluindo um esquema do circuito elétrico conectado ao Director

Interevenção II: a apresentação



O efeito final da interevenção Barangolés


A intervenção é o maior trabalho da matéria Plástica e Expressão Gráfica e consiste na reunião dos conhecimentos adquiridos pelos alunos no decorrer do 1º período. Para realizar esse trabalho levamos em conta conceitos aprendidos em livros como a polivalência, discutida por Hertzberger no seu livro, e virtualidade , criticado na obra de Pierre Lévy, O que é virtual?, e no artigo de Ana Paula Baltazar, . Além disso, alguns conceitos intuídos pelos alunos através de obras como as de Cristiano Moeller e Rafael Lozano Hemmer, como o que é interatividade e o que caractriza uma interface interativa.

A intervenção feita pelo meu grupo, Barangolés, ocorreu na sala do quinto andar, e teve prazo aproximado de três semanas para ser realizado. Como eu havia dito anteriormente no artigo que falava sobre nossas inspirações na realização desse trabalho, recebemos muita influência dos Parangolés de Hélio Oiticica. Por isso desenvolvemos essa idéia, fazendo com que os parangolés possuíssem imãs que acionassem circuitos elétricos, iniciando a projeção de um vídeo e tocando uma das quatros sequências musicais espalhadas em duas paredes. Os parangolés, as músicas e o vídeo se relacionavam quanto ao caráter etníco que possuiam, já que os panos dos barangolés, as músicas e o vídeo mostravam as mesmas culturas. O vídeo era um grande complemento do trabalho, mostrando tradições culturais e um pouco da arquitetura dessas culturas, que é um grande registro da história dos povos mostrados.


Filós e tecidos utilizados na confecção dos barangolés
Interação das pessoas com os barangolés: elas tinham a liberdade de vestí-los como quisessem



Para melhor aproveitamento espacial, utilizamos filós brancos para preencher o eixo vertical da sala, uma vez que essa tinha grande pé direito. Nesses filós, a projeção também encontrava um anteparo, logo, o vídeo podia ser visualizado não apenas na parede em frente à porta, mas também por outros cantos da sala. Na parede que recebia originalmente o vídeo, também havia espelhos para criar o mesmo efeito criado pelos filós.
O efeito criado pela projeção nos filós brancos, as imagens se sobrepuseram



O vídeo, em dois momentos diferentes, com suas imagens arquitetônicas, sendo projetado na parede oposta à porta