domingo, 29 de junho de 2008

Inhotim II :a Arquitetura do museu




Galeria Adriana varejão, o concreto poligonal surge em meio à natureza, lembrando um pouco de da Villa Savoie, de Le Corbusier
Lagos artificiais em frente à galeria: por estarem cheios de água até o limite o efeito que produziam era muito interessante, faziam parecer haver uma camada de plástico ou vidro recobrindo a água

Um dos lagos espalhados por entre as áreas do jardim, não apenas as galerias são belas, a paisagem também é

Galeria True Rouge, seu formato sinuoso segue os contornos do lago



A arquitetura do museu foi explorada com criatividade, procurando romper com o museu padrão, que consiste de um prédio ou de construções interligadas, no qual normalmente a paisagem do local é algo pouco explorado ou propositalmente negligênciado, provavelmente pelo medo que o museu se torne mais atrativo do que as obras que guarda em seu interior.Inhotim pode ser comparado a um grande jardim, e deve-se salientar que o trabalho de paisagismo no local foi primoroso, com suas galerias espalhadas nesse, levando seu visitante a caminhar por toda estensão do local para chegar as exposições desejadas.É essa sua singularidade e por isso, resolvi fazer esse segundo comentário sobre o museu de Brumadinho, para merecidamente mostrar suas fotos.

Pierre Lévy

Filósofo da informação, a leitura de seu livro “O que é Virtual?” foi recomendada como um auxilio a preparação da Intervenção.Lévy nos introduz a era cibernética sem preconceitos, tenta adotar inicialmente uma postura imparcial sobre a informatização, tentando transmitir qual é a verdadeira essência dessa nova forma de saber, explicitando tanto seus pontos negativos quanto os positivos.

Para uma explicação mais aprofundada do conceito de virtualidade, que nunca é realmente revelado na obra, e sim intuído, são dadas exemplificações de casos de caráter virtual, desde os exemplos mais simples e rotineiros, que nunca foram pensados como virtualidade, até os mais abstratos, cuja compreensão é facilitada se já há um conhecimento prévio da área citada, por parte do leitor.

Um desses exemplos de virtualidade cotidiana, brilhante por sinal, é o do desvendamento das camadas da pele e do corpo humano por aparaelhos de raio x e tomografia, desvendamento de camadas que os cientistas já sabiam existir, porém não era visíveis.Isso demonstra uma certa problematização do corpo, sua virtualização.Outro exemplo simples, explorado pelos economistas, é a lógica do mercado de ações, que trata de conceitos subjetivos: as ações e o dinheiro da bolsa não são materiais ou palpáveis, por isso são baseados em decisões individuais que criam o coletivo constituite do mercado, e aí se encontra a virtualidade da situação.

Além disso, o livro trabalha também com noções do que é real, potencial, virtual e atual, demonstrando as diferenças entre potencial e real e entre virtual e atual (seu complemento, não apenas sua oposição).Trata também de interioridade e exterioridade e como um indivíduo influência o mundo que está inserido e vice-versa, trabalhando também o conceito de virtualidade privada e virtualidade coletiva.Um livro reflexivo sobre o conhecimento, cuja leitura é importante principamelte pelo fato do saber ser cada vez mais cibernético e digitalizado nesse século.

sábado, 28 de junho de 2008

Intervenção I : músicas e vídeo

Para a parte de multimídia da intervenção, o grupo, composto por Henrique Marra, Juliana, Luiz Felipe Brito e Renata Maria Batista, além de mim, optou por projetar um vídeo com imagens das culturas e arquiteturas mundiais além de músicas que relacionassem a essas culturas.Essas foram algumas da imagens utilizadas:





A tipologia da Arquitetura Japonêsa

Um pouco da cultura chinesa: a celebração do Ano Novo chinês



Mesquita africana

Nem só de tradição é feito o Oriente Médio, Dubai exemplipifica isso com seus prédios modernos, ilhas artificiais e tolerância cultural

As músicas tocavam junto com os vídeos e haviam quatro sequências musicais: uma da Ásia, com o som de Bollywood, canções árabes, música erudita chinesa e japonêsa; uma da Europa, com um canto gregoriano, nona sinfônia de Bethoven, música italiana, espanhola e francêsa; uma da África, com ritmos tribais, quizomba, música eletrônica; e uma da América, com hip-hop, Black Eyed Peas, reagge, samba, tango argentino, entre outros.Como inicialmente havia muito material, algumas músicas foram excluídas do trabalho, mas para aqueles que se interessarem em quebrar as convenções musicais ocidentais, indico algumas músicas surprrendentes do oriente:

Kutch Kutch Hota Hai-Bollywood (música indiana de Bollywood, cantada em hindi)

Hindi Bollywood-Piya Piya O Piya (também uma música indiana de um filme de Bollywood, cantada em hindi e em inglês)

Ding Dong-Yuki (pop chinês)

Sammi Cheng- Chinese Tecno (sim, existe tecno chinês, e é muito interessante pois o começo da música lembra um pouco os vídeo games de luta no estilo Mortal Kombat)

TM Revolution-Heart of Sword (rock japonês, é o tema de um dos encerramentos da animação Rurouni Kenshin ou Samurai X)

Namie Amuro-Come (pop japonês, um dos encerramentos da animação Inu Yasha)




Inspirações e Idéias para a Intervenção

Parangolé de Hélio Oiticica: inspiração final para a intervenção

Já Dralion, do Cirque Du Soleil, foi a inspiração inicial do trabalho


Para a criação dessa intervenção não faltaram idéias.Na verdade, um dos problemas encontrados pelo grupo foi o excesso delas e a indecisão na escolha da melhor.Até a decisão final, várias hipóteses foram imaginadas ou testadas.

Das hipóteses não realizadas sairam idéias como: usar velcro e coletes; fazer uma teia de aranha; criar uma espécie de "twist" (aquele jogo no qual se toca nas cores); fazer uma rampa de velcro e coletes;colocar garrafas d`água no teto da sala do 5º andar; espalhar areia ou conchinhas ou plástico-bolha ou ainda isopor ralado sobre o chão da mesma sala citada, entre outras tantas idéias.

Das possibilidades testadas, as idéias foram: comprar tecidos; montar um circuito acionado por imãs e fazê-lo tocar músicas; explorar a cultura mundial;espalhar folhas e serragem sobre o chão (hipótese que foi descartada após sua montagem).

Até então, a essência do nosso trabalho seria um passeio cultural pelos quatro cantos do mundo em uma pequena sala, sendo que os panos, que tinham caráter etníco, ficariam pendurados ao longo do eixo y da sala.Entretanto, a idéia foi se modificando devido ao medo de se fazer uma intervenção que fosse expositiva como um museu comum.

A montagem foi interrompida enquanto se amadureciam idéias.Para encontrar soluções para esse dilema algumas inspirações externas foram relevantes, dentre elas Dralion, uma presentação do Cirque Du Soleil, que sutilmente incorpora várias culturas do mundo, sem se tornar expositiva, e os Prarangolés de Hélio Oiticica.Essa última inspiração foi quase um insigth que o grupo teve enquanto refletia sobre possíveis soluções para o trabalho.Todos estavamos sentados envoltos nos panos comprados e dái percebemos que essa era uma idéia interessante de se explorar: a interação com os panos.

Objeto Interativo

O objeto que criado por mim foi baseado em um calendário que havia na minha casa.Se tratava de um cubo formado por 8 cubos menores, que tinham uma certa movimentação, movimentos de abrir e fechar, em relação a toda a estrutura, mas nunca se libertavam totalmente dela.

A partir disso pensei como seria interessante ver algo mais impressionante acontecer ao modificar a forma do grande cubo, surgindo daí, a inclusão de um circuito de acionamento por imãs.Criei um cubo também formado de 8 cubos menores, porém 4 deles teriam imãs e 4 teriam circuitos elétricos individuais.

Com a movimentação dos cubos com imã e a aproximação desses aos cubos com circuito, fechava-se um ou mais circuitos, acendendo dois leds, um vermelho e um amarelo.

Interferência

Com a finalidade de que fossemos melhor preparados para o mais importante dos trabalhos do semestre,a intervenção, foi criado esse trabalho preparatório: a Interferência.Nele, um dos pré-requisitos era trabalhar com alguma tecnologia de natureza elétrica ou eletrônica.

Inicialmente o lugar escolhido pelo meu grupo de trabalho, constituído por mais três alunos da E.A. e duas estudantes de design da UFU (Universidade Federal de Uberlândia), foi um pórtico que liga o prédio principal da E.A. à sala de Plástica.Porém, devido as dificuldades em se trabalhar com eletricidade impostas pelo local, alteramos nossos planos.Optamos por fazer a interferência no elevador.

A montagem se constituiu da substituição da luz branca que havia nesse espaço por uma lampâda de luz negra.Seu circuito era acionado ao se pisar sobre um pedaço retangular de E.V.A. no chão do elevador.Além disso, foram colocadas cartolinas brancas circulares nas paredes e uma caneta pendurada, saindo do teto, cuja tinta sóera visível sob o efeito da luz negra.Dessa forma as pessoas poderiam se expressar secretamente no local.Essa idéia surgiu a partir da constatação que as pessoas às vezes deixavam mensagens anôninimas no elevador.

O resultado teve uma estética muito boa, a luz azulada sendo refletida pela cartolina branca tinha um efeito impactante, apesar dos problemas de trânsito que a interferência pode ter causado.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Interfaces Interativas

Phantasian, phanta_vision: arte interativa online em trbalhos como Repulsion, acima, e worm, abaixo
Para o trabalho final de Plástica, a criação de uma página sobre o trabalho da intervenção, foi aconselhada a busca de páginas que possuissem interfaces interativas e criativas, como fonte de inspiração.

A busca realmente não foi simples, e na verdade não sei se os sites que encontrei apresentam, de fato, interface inovadora.Um deles, http://www.phantasian.com/ ,na verdade, não apresenta uma interface inovadora, e sim alguns tipos de interação com imagens a partir do mouse, sem ter sua própria organização interativa, é uma página de arte interativa online, uma forma de experimentar com imagem.

Já os sites que realmente atendem a exigência da pesquisa que fiz são http://www.3xn.dk/ e http://www.morphosis.net/ , páginas de escritórios de arquitetura.O site do escritório 3xn apresenta ordenadamente seus trabalhos na lateral superior esquerda, uma opção para aqueles que não estão habituados a interfaces muito subjetivas, e à direita e na parte central há vários quadrados verdes dispostos, sendo que cada quadrado tem seu perímetro cercado pelos outros.Em cada um desses polígonos há uma imagem de uma obra desse escritório visível apenas ao se passar o mouse sobre o quadrado.Esse quadrado acionado pela passagem do mouse aciona seus semelhantes, de acordo uma divisão preestabelecida pela categoria de obras da 3xn.Para se obter mais informações ou imagens sobre uma construção, basta clicar sobre a imagem revelada.

A abordagem do site do esritório Morphosis é um pouco diferente, apresenta diferentes tipos de organização para uma busca sobre seus trabalhos e os resultados vão aprecendo sob uma imagem de um planisfério e se sobrepõem, permitindo que o visitante volte a imagem inicial através da seleção de camadas (uma espécie de histórico), localizada no canto esquerdo inferior da página. O vistante ainda tem a opção de escolher as obras que querem ver localizando-as diretamente no planisfério, de ver ou não as legendas e explicações que aparecem e de observar o que está acontecendo no escritório em tempo real através de câmeras via satélite.