domingo, 29 de junho de 2008
Inhotim II :a Arquitetura do museu
Pierre Lévy
Para uma explicação mais aprofundada do conceito de virtualidade, que nunca é realmente revelado na obra, e sim intuído, são dadas exemplificações de casos de caráter virtual, desde os exemplos mais simples e rotineiros, que nunca foram pensados como virtualidade, até os mais abstratos, cuja compreensão é facilitada se já há um conhecimento prévio da área citada, por parte do leitor.
Um desses exemplos de virtualidade cotidiana, brilhante por sinal, é o do desvendamento das camadas da pele e do corpo humano por aparaelhos de raio x e tomografia, desvendamento de camadas que os cientistas já sabiam existir, porém não era visíveis.Isso demonstra uma certa problematização do corpo, sua virtualização.Outro exemplo simples, explorado pelos economistas, é a lógica do mercado de ações, que trata de conceitos subjetivos: as ações e o dinheiro da bolsa não são materiais ou palpáveis, por isso são baseados em decisões individuais que criam o coletivo constituite do mercado, e aí se encontra a virtualidade da situação.
Além disso, o livro trabalha também com noções do que é real, potencial, virtual e atual, demonstrando as diferenças entre potencial e real e entre virtual e atual (seu complemento, não apenas sua oposição).Trata também de interioridade e exterioridade e como um indivíduo influência o mundo que está inserido e vice-versa, trabalhando também o conceito de virtualidade privada e virtualidade coletiva.Um livro reflexivo sobre o conhecimento, cuja leitura é importante principamelte pelo fato do saber ser cada vez mais cibernético e digitalizado nesse século.
sábado, 28 de junho de 2008
Intervenção I : músicas e vídeo
A tipologia da Arquitetura Japonêsa
Um pouco da cultura chinesa: a celebração do Ano Novo chinês
Mesquita africana
Nem só de tradição é feito o Oriente Médio, Dubai exemplipifica isso com seus prédios modernos, ilhas artificiais e tolerância cultural
As músicas tocavam junto com os vídeos e haviam quatro sequências musicais: uma da Ásia, com o som de Bollywood, canções árabes, música erudita chinesa e japonêsa; uma da Europa, com um canto gregoriano, nona sinfônia de Bethoven, música italiana, espanhola e francêsa; uma da África, com ritmos tribais, quizomba, música eletrônica; e uma da América, com hip-hop, Black Eyed Peas, reagge, samba, tango argentino, entre outros.Como inicialmente havia muito material, algumas músicas foram excluídas do trabalho, mas para aqueles que se interessarem em quebrar as convenções musicais ocidentais, indico algumas músicas surprrendentes do oriente:
Kutch Kutch Hota Hai-Bollywood (música indiana de Bollywood, cantada em hindi)
Hindi Bollywood-Piya Piya O Piya (também uma música indiana de um filme de Bollywood, cantada em hindi e em inglês)
Ding Dong-Yuki (pop chinês)
Sammi Cheng- Chinese Tecno (sim, existe tecno chinês, e é muito interessante pois o começo da música lembra um pouco os vídeo games de luta no estilo Mortal Kombat)
TM Revolution-Heart of Sword (rock japonês, é o tema de um dos encerramentos da animação Rurouni Kenshin ou Samurai X)
Namie Amuro-Come (pop japonês, um dos encerramentos da animação Inu Yasha)
Inspirações e Idéias para a Intervenção
Parangolé de Hélio Oiticica: inspiração final para a intervenção
Já Dralion, do Cirque Du Soleil, foi a inspiração inicial do trabalho
Para a criação dessa intervenção não faltaram idéias.Na verdade, um dos problemas encontrados pelo grupo foi o excesso delas e a indecisão na escolha da melhor.Até a decisão final, várias hipóteses foram imaginadas ou testadas.
Das hipóteses não realizadas sairam idéias como: usar velcro e coletes; fazer uma teia de aranha; criar uma espécie de "twist" (aquele jogo no qual se toca nas cores); fazer uma rampa de velcro e coletes;colocar garrafas d`água no teto da sala do 5º andar; espalhar areia ou conchinhas ou plástico-bolha ou ainda isopor ralado sobre o chão da mesma sala citada, entre outras tantas idéias.
Das possibilidades testadas, as idéias foram: comprar tecidos; montar um circuito acionado por imãs e fazê-lo tocar músicas; explorar a cultura mundial;espalhar folhas e serragem sobre o chão (hipótese que foi descartada após sua montagem).
Até então, a essência do nosso trabalho seria um passeio cultural pelos quatro cantos do mundo em uma pequena sala, sendo que os panos, que tinham caráter etníco, ficariam pendurados ao longo do eixo y da sala.Entretanto, a idéia foi se modificando devido ao medo de se fazer uma intervenção que fosse expositiva como um museu comum.
A montagem foi interrompida enquanto se amadureciam idéias.Para encontrar soluções para esse dilema algumas inspirações externas foram relevantes, dentre elas Dralion, uma presentação do Cirque Du Soleil, que sutilmente incorpora várias culturas do mundo, sem se tornar expositiva, e os Prarangolés de Hélio Oiticica.Essa última inspiração foi quase um insigth que o grupo teve enquanto refletia sobre possíveis soluções para o trabalho.Todos estavamos sentados envoltos nos panos comprados e dái percebemos que essa era uma idéia interessante de se explorar: a interação com os panos.
Objeto Interativo
A partir disso pensei como seria interessante ver algo mais impressionante acontecer ao modificar a forma do grande cubo, surgindo daí, a inclusão de um circuito de acionamento por imãs.Criei um cubo também formado de 8 cubos menores, porém 4 deles teriam imãs e 4 teriam circuitos elétricos individuais.
Com a movimentação dos cubos com imã e a aproximação desses aos cubos com circuito, fechava-se um ou mais circuitos, acendendo dois leds, um vermelho e um amarelo.
Interferência
Inicialmente o lugar escolhido pelo meu grupo de trabalho, constituído por mais três alunos da E.A. e duas estudantes de design da UFU (Universidade Federal de Uberlândia), foi um pórtico que liga o prédio principal da E.A. à sala de Plástica.Porém, devido as dificuldades em se trabalhar com eletricidade impostas pelo local, alteramos nossos planos.Optamos por fazer a interferência no elevador.
A montagem se constituiu da substituição da luz branca que havia nesse espaço por uma lampâda de luz negra.Seu circuito era acionado ao se pisar sobre um pedaço retangular de E.V.A. no chão do elevador.Além disso, foram colocadas cartolinas brancas circulares nas paredes e uma caneta pendurada, saindo do teto, cuja tinta sóera visível sob o efeito da luz negra.Dessa forma as pessoas poderiam se expressar secretamente no local.Essa idéia surgiu a partir da constatação que as pessoas às vezes deixavam mensagens anôninimas no elevador.
O resultado teve uma estética muito boa, a luz azulada sendo refletida pela cartolina branca tinha um efeito impactante, apesar dos problemas de trânsito que a interferência pode ter causado.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Interfaces Interativas

